Introdução
Residimos na cidade de Primavera do Leste, Município pertencente ao Estado de Mato Groso e localizado no Centro Oeste do Brasil, região sudeste matogrossense e a leste de Cuiabá, tem o clima tropical e a altitude de 636 m, com a area preliminar de 5.664 km2 e a população no ultimo censo de 2009 está estimada pelo IBGE como sendo o total de 46.933 habitantes, uma cidade bonita e aparentemente boa pra se viver, mas com o mesmo problema de outras cidades que é o lixo.
A reciclagem, hoje, enfrenta grandes problemas em sua implantação, devido ao seu alto custo. É chegado o momento de discernir se o custo financeiro é maior do que o custo ambiental e até quando o planeta e a qualidade de vida da população serão prejudicados em benefício de alguns que detém o controle econômico.
Desenvolvimento
De acordo com nossa pesquisa, observamos que não existe qualificação do lixo, mas são coletadas de várias maneiras.
A empresa Prima -Teles que é uma empresa particular emprega e mantém a seu comando cerca de vinte e cinco famílias que sobrevivem das coletas seletivas de lixos recicláveis, e coletam a quantia diária de aproximadamente quatrocentos a quinhentos quilos de materiais por dia.
Algumas famílias que são diaristas, recebem o valor de vinte e cinco reais e outras que fazem as coletas programadas e vendem para a empresa no valor de um real e oitenta centavos o quilo dos produtos conforme classificação. Esta empresa revende o material reciclável para outras empresas que no nosso caso são empresas do Estado de São Paulo, do Estado do Paraná e também uma empresa de Campo Grande no Mato Grosso do Sul que é a METAP, uma empresa recicladora.
A empresa particular existente na nossa cidade é a Reciclado Hazela, essa também faz sua coleta de forma parecida com as primeiras, e com isso existe um montante de mais ou menos trinta famílias que fazem o trabalho de coleta, da mesma forma acontece, algumas famílias são diaristas e outras coletam por conta própria e vendem os produtos por quilo, com o mesmo valor de outra empresa.
Outra empresa que não foi possível identificar o nome, busca os materiais recláveis separados nos mercados e supermercados da cidade, estes por sua vez após separar os meteriais ligam para que um dos representntes da empresa venh pegar todo o material separado. Por sua vez existem algumas empresas de grande porte que separam o lixo e também ligam para que façam a retirada dos materiais do pátio ou galpão, também têm fazendeiros que separam o lixo reciclável nas fazendas e trazem para essa empresa vender. Essa empresa coleta aproximadamente duas toneladas de lixo reciclável por dia, que é vendido exclusivamente para recicladora METAP de Campo Grande Mato Grosso do Sul.
Durante a pesquisa constatamos que a maior parte do lixo de nossa cidade é coletado pela Prefeitura Municipal através da Secretaria de obras. Essa secretaria coleta o lixo orgânico, mas vai junto todo tipo de lixo, reciclável ou não são prensados juntos pelos caminhões e é levado para o aterro sanitário.
Segundo informações obtidas é coletado aproximadamente sessenta toneladas de lixos misturados por dia, e que existem várias famílias particulares que por sua conta e risco trabalham no aterro sanitário para separação do lixo que em média obtem oito toneladas de lixo reciclável por dia e o restante são jogados no aterro, com uma porcentagem de 12% de lixo reciclável e 88% de orgânico e os outros “lixos” são jogados no aterro sanitário, a forma com que chega o restante do material dentro dos caminhões não apresentam a menor condição para fazer o aproveitamento ou de simplesmente ser separado na sua totalidade.
O Prefeito municipal criou uma portaria com o número 180/2008. Portaria essa que criou a Coordenadoria de Meio Ambiente.
Procuramos informações nessa coordenadoria e soubemos que existe uma lei para a coleta, só não são cumpridas, ou seja, sem obrigatoriedade. Essa coordenadoria não participa das coletas e também não opinam sobre a melhor forma de fazer esses trabalhos. Fomos informados que existem vários projetos prontos, mas não os vimos no papel e nem tão pouco em prática, dificil é encontrar alguém para explicar o porquê da distancia que o poder executivo tenta manter do problema que agora é de todos.
O lixo hospitalar fica por parte do gerador, pois é ele o responsável por encaminhá-lo ao destino exato e coerente. As empresas que trabalham no município são CGR, Centro Oeste Ambiental, UTARP e outras, todas do município vizinho Rondonópolis.
A evolução tecnológica atual ainda não propicia um grande aproveitamento do lixo restando sempre um grande resíduo final que precisará ser armazenado até que uma utilidade seja atribuída a ele.
Atualmente não somente em Primavera do Leste, mas em todo Brasil os lixões, a céu aberto, têm sido o local de armazenamento e se mostram altamente ineficientes, sendo o aterro sanitário a solução provisória mais conveniente. Considerações devem ser feitas aos aterros, devido ao seu grau de periculosidade para o solo e as águas, necessitando de estudos rigorosos do tipo de resíduo a ser aterrado e do local destinado para isso.
Conclusão
Portanto, esse é um assunto que não termina aqui, pois nada está resolvido, pelo contrário, temos ciência de que o poder executivo do município deve tomar providências urgentes quanto a coleta executada de forma incorreta, basta observarmos que se algumas famílias conseguem sobreviver da coleta seletiva e do aproveitamento dos materias que são jogados fora. Está fácil resolver parte desse problema, nesse sentido o lixo não deve ser tratado como um problema isolado, pois o mesmo pode causar diversos prejuízos, não só a saúde humana, mas a todo Meio Ambiente. Se somos seres racionais, por que não pensar no nosso futuro e no amanhã de nossos filhos e netos?
O problema é constrangedor e precisa de mobilização da comunidade e das autoridades para agilizar o processo de resgate da qualidade de vida do homem e de seu meio. campanhas que orientam a comunidade, debates nas escolas, fiscalização dos lixões, construções de aterros sanitários, implantação da coleta seletiva em todo o município de Primavera do Leste, são algumas das primeiras atitudes que deveriam ser tomadas pelas autoridades, além do incentivo aos grupos ambientais locais que poderiam ajudar na tarefa de fiscalização e divulgação para a sociedade das campanhas desenvolvidas. se a comunidade e as autoridades locais trabalharem juntas poderão aumentar o padrão de vida da população.
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